Qualquer mulher pode ser vítima da violência doméstica.
Não importa classe social, cor ou religião.
A vítima geralmente tem baixa auto-estima e está presa ao agressor, seja por dependência emocional ou material.
Segundo o Ministério da Saúde, a violência repentina do parceiro é a primeira causa de morte das mulheres entre 16 e 44 anos - estando acima do câncer, dos acidentes de trânsito e das guerras.
Logo abaixo, vejam as dicas para que você não se torne uma vítima e ainda possa orientar quem passa por este drama.
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
FÍSICA
Quando o agressor bate, deixando marcas, hematomas, cortes, arranhões, fraturas ou ainda a impede de sair de casa.
PSICOLÓGICA
Quando insinua a existência de amantes, ofende a mulher ou seus familiares, desrespeita seu trabalho, critica sua atuação como mãe, fala mal do seu corpo e não a deixa se maquiar, cortar cabelo e usar roupas que gosta.
SEXUAL
Quando força relações sexuais, obrigando-a a praticar atos que não lhe agradam, critica seu desempenho sexual e pratica sexo com sadismo (prazer com sofrimento alheio).
PATRIMONIAL
Quando o agressor quebra utensílios pessoais, rasga as roupas, destrói ou esconde documentos pessoais, profissionais ou mesmo fotos e objetos de valor sentimental.
COVARDIA
Homens que batem em mulheres costumam agredir entre quatro paredes para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares ou colegas de trabalho.
MORAL
Conduta que configure calúnia, injúria ou difamação.
CAUSAS
Os principais motivos da violência são desrespeito, crises de raiva causadas por fracassos e frustrações e crises mentais.
Não descartando outro problema, é a bebida alcoólica, que está presente em 95% dos casos.
LEI MARIA DA PENHA
A lei federal 11.340, de 2006, criou para impedir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
A lei possibilita que agressores de mulheres sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada.
Muitas vezes, com medo de represálias, a própria vítima retirava a queixa na delegacia.
Com a legislação atual, mesmo que queira desistir, ela só poderá fazê-lo diante do juiz.
ORIENTAÇÕES PARA A MULHER QUE VIVE SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
- Leve consigo os telefones de emergência (por exemplo, da Polícia Militar: 190).
- Durante as agressões, evite locais com acesso fácil a facas ou outros objetos cortantes. Vá para fora de casa.
- Evite revidar com violência. Não use armas.
- Sempre que possível, leve as crianças com você, pois elas poderão ser usadas pelo parceiro contra você, como objeto de chantagem.
-Mantenha algum dinheiro escondido para emergências.
- Guarde roupas, cópias de documentos e um pacote de objetos de primeira necessidade em local seguro (casa de amigos, vizinhos, parentes, igreja, associação de moradores ou profissionais de sua confiança).
- Caso você tiver carro, mantenha cópias das chaves em local seguro.
- Converse com pessoas em quem você confia e combine um plano de emergência.
OCORRÊNCIAS
Segundo registros da Delegacia da Mulher, os crimes mais comuns registrados na especializada são lesão corporal, ameaça, homicídio e tentativa de homicídio.